O coração pulsa frenético sem caminho mas com destino.
Destino frenético pulsa o coração.
Destino sem caminho, coração.
Sem expressão pois se esgotou a confiança.
Sem confiança pois se esgotou a paciência,
e esta por sua vez, sem vez.
Vez da paciência com gestos: sem confiança de expressão.
E a voz? Sem expressão de confiança.
Sem expressão pois se esgotaram as palavras.
Palavras ditas e por vezes não cumpridas.
Sinto apertar o coração,
Sinto aqui minha paixão
e qualquer sua parte em mim pra mim é tudo,
ela inteira é tudo, todo o corpo.
O corpo não é tudo,
tudo que sinto.
Sinto aqui minha paixão.
Sinto apertar o coração,
Sinto o amor que me transborda,
o medo que me aperta,
a alegria que se expressa,
a expressão que me impulsiona,
pulso frenético sem caminho,
caminho com destino,
e com o destino...
a saudade.
Nos chupam a inteligência,
com suas frases feitas.
Nos chupam as opiniões,
extraindo o centro das idéias, sem idéias
Nos chupam a informação,
selecionando a verdade,
fingindo nesse espetáculo mórbido.
Nos chupam a coragem,
expondo os medos entre novelas
Nos chupam o dinheiro,
e sobre isso nem se fala
Nos chupam o sexo,
de nossas próprias fantasias
Nos chupam a porra da vida inteira,
numa caixa de plástico.
de plástico
Por Rafael Cesar "Jesus"
Por favor, deixe-me ser um entre os rostos.
Não quero falar nada.
Não quero saber de nada.
Chamarei a atenção só para vós.
Por favor, deixe-me comprar como um de vós.
Mesmo que eu seja a mistura de todas as tribos sociais.
Mesmo que as etnias estejam demasiadamente segregadas para o vosso gosto.
Eu quero pisar como um de vós. Esmagarei a todos, sem olhá-los.
Eu quero sentir a virilidade consumista de que falam nos comercias.
Eu juro, quero ser um de vós!
Eu comerei toda a vossa merda capitalista
Eu odiarei a política, não lerei nada.
A música será para mim, a vossa música.
O suicídio, com o vosso consentimento.
Por favor, deixe-me ser mais um. Só mais um.
por Rafael Cesar "Jesus"