Morro extenso, pretenso céu
te joga do alto em plano, doce véu
e balança ao vento, quer o mar
Vôa... encara o mundo com vigor
sem titubear, por puro amor
E a natureza que te chama
por tudo, só te clama
a abençoá-la com teu olhar
Em sentenças de louvor
ou nas cinzas do calor
a reza prévia se declama
ah... em doces sonhos te embrama
e em desejo a contemplar
Fecha-te, de corpo em topor
Teu êxtase, fervor
Visão dos deuses,bela chama
Das alturas, a tudo ama
Estás, no fundo, a te entregar
Em prazeres, deste céu
vive a vida... não mais véu

perdoem-me pelas licensas poéticas, sem elas o poema não teria o mesmo ritmo

Por HikaruSama

user darkside   date 10:48 AM. permalink Permalink

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Um Poema para um Anjo Negro

Lendário primogênito das trevas. Prece.
Reina soberado, desintegra o que lhe veta,
Digno majestoso Sol. Inibido, onipresente, lhes congela.
Entorpecida fúnebre, morte evidente, cujo pranto enaltece.

Divaga profundo caos, resguarda-se em ímpia nevoa.
Precipício averso à vida, estigmatizado pelo tempo,
Pacto abastecido em revolta, fez-se o lar que o afugenta.
Entrelaçado na doutrina do ÓDIO, espalha AMOR, HONRA e RESPEITO.

Obscura claridade. Lamento esforço vazio,
Voraz fulminante vontade. Voz do canto mais gentil.
Extremo vigor fantasmagórico, intenção que não ostenta,
Espelho hipócrita fantástico, vendaval de imatura ofensa.

Terror que enobrece a valiosa bondade,
Trazendo seus Ventos, soprando rara vontade.
Paisagem de anjos, com seus demônios, maldições e lendas,
Desejo que implora, simples. Retire sua venda.

Faz da perturbadora lágrima, irreal, a lógica,
Nos rios de sangue alheio, feridas mortais desperta.
Suspiros fundidos entre compaixões e finitas guerras,
Da vitória mais pálida ao surrealismo que jamais renega.

Enlouquecido pelas tentativas e falhas profundas,
Eternamente sozinho, espreita, sua´lma-gêmea renascer.
Grandiosa amargura da fuga, adverte a insustentável leveza do ser.
Preso num feudo de sangue, poder não mais lhe confere, para sobreviver.

Mórbido como tens que ser, autêntico resguardado,
Implacável sendo, tortuosamente, carismático.
Odiado e Amado, para sempre Ricardo,
Enigma que por fim, padece infindável.


Desconsideremos o aguçado tom treviano e a exarcebada egocentria macabra. Como diria aquela, impertinente, voz que ecoa ao fundo: - "Ele tem seus momentos".

________________
por Ricardo Cicarelli

user darkside   date 10:47 AM. permalink Permalink

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Leito. Sobre o manto negro que encobre,
E a névoa espessa e o suor que escorre
Pequenas luzes trêmulas, véu vermelho esvoaçante.
Batidas de tambor. Sobre as riscas de luz, grãos de areia.

Batidas de tambor. Desritmadas, cabalísticas
Ditando o ritmo. Sabor da terra, tons pastéis
Vento uivante, ruído ensurdecedor.
E o mais antigo instrumento, ritmado por tambores.

Oh, sol negro de infinitos dias infinitamente distantes.
Oh, sol negro de infinitos tons de negro sem vida.

Aliança perpétua com centímetros de borradas memórias.

Oh, céu negro de infinitas camadas, deixa-me ir!
Oh, sol negro onipresente. Deixa-me ir!

Correntes e grilhões imaginários
Sobre a parede sépia de tijolos amarelados
Deixa-me, deixa-me ir!

Mas não me deixa sozinho
Pois só, inexisto, enlouquecidamente.

Na contradição e arrependimento
Dos dias mais solitários da America Latina
O mais longe e o mais breve
Para que, na futilidade, coexista.

Mas não tão longe assim!

Enegrecido emerge o samurai solitário
De incontáveis dias da mais calorosa luta
Que lutamos todos os mais insensatos dias
Dentro de nós.

Por Leonardo Bighetti.

user darkside   date 10:47 AM. permalink Permalink

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Decisões...

Tudo na vida é feito de decisões...
doces ilusões
de um sobreviver amargo
de um dilúvio intensificado
...de um entardecer

Os olhos mareados
nada mais justo... controlados
pra não desvairecer

Ainda assim... loucura que consome
fogo quente, abrasa em fome
Desmaia nas saudades, lembranças conquistadas
Reminiscencias perfeitas... adocicadas
Atreladas à ciência do viver

Dos corações que batem juntos... suplantadas
as respirações ofegantes... compassadas
Insinuações de uma paixão que não quer adormecer

Um medo de perder que esgota
Sentimento límpido que surge, brota
Chamar de amor? Que ousadia...
Mas apenas, por pura covardia...
Não admite sentir tal enternecer

Ainda assim, resguarda-o em leito forte
Esperando a hora certa... dilúvio em sorte
abençoado em vida e que renega um último desejo... de morte

Por HikaruSama

user darkside   date 10:46 AM. permalink Permalink

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Conheça o lado menos afável dos poetas da nova era.

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