Ditar!? Como...? DITANDO!!!

Na inquieta devoção, de uma falsa mente calma,
Encanto repentino, tormenta na ilusão mascara.
Voz aguda, tão alta que traduz toda vontade,
Resta-lhe a crença, de sua mera, meia, verdade.

Caminho que chamas à chama que condena,
Morte oriunda que a face encara plena.
Período sem escrúpulos de palavras tão gentis
Majestade da culpa, torna-se amarga sentinela infeliz.

Portões se abrem e mentes se acolhem.
Mentiras favoráveis, típicas do bom homem.
Aos que firme mantiverem-se? Mentira próspera está pronta!
Àqueles que forem contra? Dolorosa morte vos aponta!

Heróis solitários. Barreira eterna que chateia!
Gritam suas idéias, entrelaçadas na anarquia.
Digna morte eterna lembrança que plantam,
Ecoa pelo tempo, caminhos livres que encontram.

Pessoas morrem, algumas desaparecem...
Afronta que atenta, tentativa que enobrece.
Martír esculpido em sangue, tão logo não se esquece,
Lembranças que trazem dor, esvaem-se e apodrecem.

Maquiavélico plano convarde. Emerge pleno e ciente.
Senhor das vidas roubadas. Ladrão sem coração evidente,
Resguarda-se absoluto, sois o rei da imperial ariana!
Suástica e Bigode, és o pai nato que a pátria proclama!

Oratória do genocídio, onipotência ostentada,
Implacável dom malígno, demência executada.
Tormenta de gelo e fogo, traz aos homens pranto e terror,
Sussurrada e simbolizada, pela temível flor incolor.

Almofadas de nuvens, promessas de vidas eternas,
Falsas ideologias do perverso e articulado palhaço.
Escuridão do abandono que fortifica até o mais fraco,
Jorra o sangue que da boca brota: "Convoquem a salvação pela Guerra!".

A.H! Acabou! Agora és livre para sorrir no inferno!


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por Ricardo Cicarelli

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