A Carta - Parte 2

Tínhamos plena conciencia de onde poderíamos chegar, mais não se trata mais disso, quero apenas curá-lo, desfazer um encanto que entre momentos ruins e bons foram dos mais intensos, senão como envelhecer sem culpa?
Vejo muitas coisas, dentre elas pegadas na areia e caminhadas solitárias. Gostaria de estar dividindo sobre meus sentimentos, anseios e devaneios que hoje permanecem escritos, contudo mal descritos, profundamente dentro do meu peito, cravados com sangue e amor, respeito e admiração. Sabemos que são verdadeiros, pois são mútuos.
Acredito que a vida pode nos apresentar vários caminhos, direções, sentidos e rumos, porém; se olharmos bem à frente em direção ao horizonte veremos que ao final de cada reta, existe o meio e o fim deste início da chegada, sem mesmo termos partido de nosso ponto inicial.
Fixando atentamente meus olhos, percebo que neste final, meio e início, você meu amigo, sempre está presente, esteve e estará. Quero que saiba, que mesmo que a vida nos aponte destinos adversos aos nossos desejos, sonhos e vontades, você deve saber que poderá no presente, e no futuro incerto, contar com este que não é mais um ombro amigo, mas sim alguém que o considera um irmão.
Lembre-se que, sempre e antes de qualquer novo passo a dar nesta estrada da vida, a melhor premiação que podemos obter é o sabor da verdadeira amizade.
Quanto ao amargo gosto desta derrota, ainda que uma vítima do amor voraz e devastador... força interior e amizades, préjulgadas como verdadeiras, tornar-se-ão adversários à altura de seu monstro interior. Mantenha-se firme junto a está situação, pois assim nos é atribuído. Sanguíneo. Intrínseco.

Sempre como leves e sutis plumas ao vento, vento este... sem rumo.

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por Ricardo Cicarelli

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