Por trás dos olhos
Sozinho e confortável em um mundo não tão diferente do que está acostumado a viver.
Olhos abertos, cerrados e cegos, ouvidos surdos. Ela fala, seus lábios se movem mas o som das palavras que sai de sua boca não chega até os ouvidos. O telefone toca insistentemente e em vão.
Durante as quatrocentas e vinte voltas no ponteiro das horas, em algum lugar, uma vida mudou. Adaptou-se com a vivência de quem, afinal, vive. Encaixou-se não como se encaixa um bloco de Lego, mas como se entra em um trem lotado em Mauá, em uma sexta-feira chuvosa e cinzenta, mais ou menos cinco minutos antes ou depois do pior horário possível para se entrar em um trem lotado em Mauá.
Sozinho e não particularmente muito confortável ou entusiasmado, porém agora apto a conceber da forma humorística já caracterizada a sequência um tanto quanto irônica de tantos eventos um tanto quanto inevitáveis.
Em uma tarde cinzenta e vazia, onde deveria chover mas não chove, por razões que fogem à compreensão cinematográfica inerente de todos os seres.
5 Comentários:
Não tem nada a dizer...
mas compreendi bem seu sentimento no post! legal, porem triste!
bjaoo
Anônimo 3:17 PM Permalink
Só passei prá te falar que eu gosto mto, mto, mto de vc... mas ao mesmo tempo eu te odeio... vc me entende né?
beijosss
ps: vc não desenhou prá mim!
Anônimo 6:22 PM Permalink
Mto loko, curti o seu modo "Gaiman" para expor uma situação real com um refinado tom de irônia.
[]´s
Ri.
SiCK4 9:00 PM Permalink
the best of xuranha's volume 2
Leandro Bighetti 1:57 AM Permalink
Não podemos nos "acostumar" simplesmente a viver... A vida pressupõe experiências transcendentes. Pense nisso.
Anônimo 11:30 AM Permalink
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