Por trás dos olhos
Sozinho e confortável em um mundo não tão diferente do que está acostumado a viver.
Olhos abertos, cerrados e cegos, ouvidos surdos. Ela fala, seus lábios se movem mas o som das palavras que sai de sua boca não chega até os ouvidos. O telefone toca insistentemente e em vão.
Durante as quatrocentas e vinte voltas no ponteiro das horas, em algum lugar, uma vida mudou. Adaptou-se com a vivência de quem, afinal, vive. Encaixou-se não como se encaixa um bloco de Lego, mas como se entra em um trem lotado em Mauá, em uma sexta-feira chuvosa e cinzenta, mais ou menos cinco minutos antes ou depois do pior horário possível para se entrar em um trem lotado em Mauá.
Sozinho e não particularmente muito confortável ou entusiasmado, porém agora apto a conceber da forma humorística já caracterizada a sequência um tanto quanto irônica de tantos eventos um tanto quanto inevitáveis.
Em uma tarde cinzenta e vazia, onde deveria chover mas não chove, por razões que fogem à compreensão cinematográfica inerente de todos os seres.
5 Comentários:
Não tem nada a dizer...
mas compreendi bem seu sentimento no post! legal, porem triste!
bjaoo
Só passei prá te falar que eu gosto mto, mto, mto de vc... mas ao mesmo tempo eu te odeio... vc me entende né?
beijosss
ps: vc não desenhou prá mim!
Mto loko, curti o seu modo "Gaiman" para expor uma situação real com um refinado tom de irônia.
[]´s
Ri.
the best of xuranha's volume 2
Não podemos nos "acostumar" simplesmente a viver... A vida pressupõe experiências transcendentes. Pense nisso.