Decadência Estrutural

Cabeça quebrada, inteira,
inteiramente aos pedaços.

Sic faciunt omnes.

Drible desafinado, a sorte castiga
quem mal mastiga a vida.
Desarmonia sem cura,
o triste fim dos sarcásticos.

Pagando o preço que custa o olho da cara,
rastejam-se com seu manto pútrido,
molde da fratura do rosto
que satura em etanol.

Descredita-se por inúmeras razões o corte,
mesmo que multidirecional.
Sexo bilateral ébrio de mil solidões,
sobre o vórtex libras caindo.

A vida sem amor
castiga o dia.

Castiga o dia.

Sic faciunt omnes.

Carpe diem?

user Leandro Bighetti   date 2:58 AM. permalink Permalink

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Rótulo Provisório

É só o resto tóxico da melancolia desgastada
amedrontanto o lobo solitário que uiva noite afora.

O que restou apenas
são embalagens de alimentos anteriormente consumidos,
que por vezes e vezes
putrefaram.

Algumas ações contínuamente rebuscadas em seu objetivo.

Ébrio de cláusuras de algo
que se perdeu em desconcerto
e somos todos levemente tocados,
(ou assim estupidamente fingimos)
o algorítimo da vida anteriormente já conhecida,
citada inumeras vezes por aqueles que já viveram
nas mesmas condições,
nos mesmos lugares,
nas mesmas ilusões.
Que se dane o imbecil do carro da frente.

Cole estampas em seu colarinho,
rasgue diplomas,
construa um vírus mutante,
reinstruture a fundação do mundo,
e colida a merda da sociedade.

Sinta-se por um breve momento...
satisfeito.

user Leandro Bighetti   date 2:52 AM. permalink Permalink

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Negro

A Perfect Circle - 3 Libras (acoustic)

Entregue a todo esse caos impertinente que sucumbe
Entregue todas as memórias, grandes paixões e pesares.
Um óleo negro de regurgitante vida estraçalha toda a moralidade
Um perdão que se perde, viciado na ausência de grandes respostas.
A imensidão de uma escuridão de sombras e a brasa que queima, implícita.
A iminência latente da toxicidade descontrolada, inescrupulosa.
Olhos insípidos cintilantes afogados em pequenos desperdícios.

Indiferente.

Você dança a valsa da vida que degrada, graciosamente
Um passo para frente, dois passos para trás.
Flutuando num mar de trivialidade assassina
Apenas um minuto atrás.
Apenas um minuto.

Obsceno.

E então algo acontece.
Perdido na histeria,
Na vala da descrença
O conto dos desavisados
A mesma velha história que se repete.
A mesma velha mentira,
Tão velha, que fomos esquecendo
Sua origem mentirosa.

Você olha para o fundo
Cada vez mais perto
Cada vez mais ríspido
E ele olha de volta
E ele é negro
E ele é lindo
E ele sorri seu sorriso amargo
E te atrai para dentro
Ele estende o braço amigo
E você mergulha para o fundo
Cada vez mais fundo
Cada vez mais negro

E então você fode com a bosta da tua vida sem sentido
Enquanto os outros continuamente te fodem,
Enquanto os outros continuamente os fodem,
Todos numa orgia de fodeção orgasmática indefinível

Você sente vontade de respirar toda a sujeira do mundo e sentir seus pulmões perfurarem.
Você sente vontade de destruir algo bonito.
Você sente vontade de enfiar uma bala entre os olhos de qualquer panda imbecil que não trepar para salvar sua espécie.
Você sente vontade de abrir as válvulas de um navio tanqueiro e sufocar todas as praias da França.
Você sente vontade de respirar fumaça.

E todo o volume diminui

Apenas por um minuto.
Apenas por um momento.

Só há um momento.

user darkside   date 6:40 PM. permalink Permalink

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Mudança de layout

G'day mates!

Estou batalhando com as tags e modelos do blogger.com pra ver se eu consigo finalmente acertar o layout do site.

Se você está passando por aqui nesse período, prepare-se, isso vai ser interessante.

Update:
Deus do céu, que pau é esse que tá dando nos acentos?? Corrigido. Estamos quase lá!

user darkside   date 4:48 PM. permalink Permalink

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sobre o blacksun

Conheça o lado menos afável dos poetas da nova era.

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