Cicarelli's Bloodwritten Letter

Cicarelli's Bloodwritten Letter

Here i am, by your side, riding the dark horses of the headless gone ones.
Not landing on the Trojan one.
That's exactly why i'm here boosting your speed,
retrieving what'll help you,
demanding you not to fall.

When skulls colapsed I was there,
sitting on the throne of the helpful,
(throwing you "Emotion Freedom")
of the faithful,
(Supporting you when lonelyness came)
of the true.
(Where I currently stand)
And my objetive troubled you in your feelings i know,
when all I wanted you to consider was
Intention.
Intention of trust.
Intention of caring, standing truly in my heart,
above all this distinction of pain and importance,
making this friendship of yours and my soul
the same.
A brother born from the sands of time,
from the dusts of a life torn apart,
brought to now by little boys once uknown, with open arms.
And yet open my arms stand.
At the brink of destruction
here I stand,
with no thorns in my tongue,
so that word are not meant to harm you.
with enough strength to question IMPORTANCE
OPINION, FEELINGS
of one i care the most,
YOU.

And I know
that even though this rainy weather has made me bail,
you were there to say "Get Up"
when i thought of running in fear.
You ended desperation.
For that i thank you.
In my soul I have granted you place
to fight by my side in this war of heroes,
and on behalf of winning,
asked for your advise,
only, and really only, because
in my soul
there is no betrayal.

Remember that,
brother.

"one minute you're on top
the next you're not
missed your shot
making your heart stop
you think you won
and then it's all gone"

Aleatório

Todos os dias iguais.
Exatos. Surreais.
Aleatórios.
Iguais.

Nada nem ninguém para culpar.
Não existe a culpa.
Não existe o nada.
Não existe ninguém.
Ninguém.
Nada.

O sentimento desolado da ausência de culpa.
O sentimento desolado da ausência.
O sentimento desolado.
O sentimento.
Sentimento.

A ausência do sentimento.
A ausência.
Ausência.

Batidas, pulsos, impulsos, insultos.

Batidas downtempo.
Ondas graves tremem móveis e portas.
Jazz. Whiskey, Vodka. Alucinógenos.
Olhos cerram, boca seca.
Olhos vidram bocas se juntam.
Orgasmo frenético. Impulso. Nervos elétricos.
Eletrônico, porém vintage.

Pulsos cíclicos.
Infinitos e cadenciados.
Imóveis e condenados.
Lutam contra o inevitável.
Existe pouco tempo.
Só há um momento.

Impulsos.
Sorrateiros, injustificáveis e imorais
(O que é moralidade? O que é justificável?)
"Sangram a carne e dilaceram a alma".
Mentiras, meias-verdades. Jogos, trapaças.
Canos inevitavelmente fumegantes.
Não há culpa, não há ninguém para culpar.

Insultos.
Impulsivos.
Indiretos.
Diretos.
Depressivos.
Desprezíveis.
Obrigatórios.

As velhas maneiras particularmente previsíveis e alienadas.
O tempo alienígena e cada dia parece uma eternidade.
O tempo alienígena e cada dia parece um.
O tempo alienígena e cada dia.
O tempo alienígena.
O tempo.
Tempo.

O tempo alienado e toda a eternidade parece um dia.
O tempo alienando toda a eternidade.
O tempo alienado.
O tempo.
Tempo.

Não existe essa coisa de sentimento.
Existe essa coisa de sentimento.
Essa coisa de sentimento.
Coisa de sentimento.
De sentimento.
Sentimento.

Questione-se.
Respire.
Ouça.
Sinta.

(Desconsideremos o humor suicida e instável do autor)

Comentários são e sempre serão muito bem-vindos.

Dois minutos pra escrever poesia

Queria ao menos dois minutos
Pra escrever alguma poesia
Daquelas que voa como cotovia
E vai cantarolar seus versos astutos
Para os homens deste mundo.

Poesia pra rimar e divertir
Poesia pra cantar e ouvir
Poesia pra chorar e sorrir

Não precisava de uma hora não!

Poesia de dois minutos
Poesia de versos fajutos
Poesia que faz em banco de estação

Em fila de banco, em cima do caminhão.

Apenas dois minutos
Pra escrever poesia.

Egotrip

"Inundado por essa chuva torrencial de berros e recessos, de mentes e mentiras e mistérios desmistificados que já não possuem mais o mesmo apelo"

(e também sobre marionetes voluntárias)

Condenado pela egocentria orquestrando a contradição fundamental.

Se todos os fenômenos estão previamente condicionados pelas famigeradas variáveis praticamente infinitas, então tecnicamente o tal lívre-arbítrio está negado.

A tênue linha que rasga e une a verdade profética da teoria cética - suposta racionalidade - suplica por um simples talvez.

O talvez esperançoso, sagaz, que ecoa atrás da nuca, incerto. O talvez da possibilidade da mudança.

O átomo que move a existência. Toda essa viagem existencial.

O talvez, um apenas talvez, da idéia de que toda a existência seja realmente construída por uma viagem egocêntrica. A teoria que conecta todas as teorias. A ausência de razão que torna a própria razão possível.

"Toda a existência é construída por uma egotrip.
Um Universo de vasto e auto-referente pensamento.
A idéia do ser que faz o ser surgir.
A mágica derradeira no tempo,
E no centro do cosmos há uma placa, e na placa diz:
Existe almoço grátis"

A idéia do ser que faz o ser surgir.

A hipocrisia fundamental de nossas vidas.

Se no nível quântico tempo e espaço não são obstáculos, então não importa que o microevento observado seja distante de nós ou remoto no tempo. Se nós observamos, nos o afetamos.

Tão logo, só há um momento.

[...]

(Sem maiores explicações)